Nome do Produto: | Óleo essencial de laranja QUINARÍ | |
Nome em Inglês: | Orange essential oil | |
Nome Científico: | Citrus sinensis | |
Número de Registro na ANVISA: | 25351.183211/2017-92 | |
Código de Barras: | 789845269 437 2 | |
Origem: | ||
Método de extração: | Prensagem a frio da casca dos frutos | |
Descrição: | Líquido amarelo a castanho, de odor cítrico | |
Aromaterapia: | Óleo cítrico que atua como relaxante e calmante. Também age como desintoxicante, antisséptico e redutor de gorduras. | |
Principais componentes: | Limoneno (limonene) | |
Laranjeira
A laranjeira (Citrus vulgaris/aurantium/sinensis) é nativa da China e da Índia e foi levada para a Europa no século XVII. Hoje, é encontrada em grande número na região do Mediterrâneo, em Israel e nas Américas. Trata-se de uma árvore de médio porte, com 6 a 9 metros de altura, de copa densa, arredondada e perene. Seu tronco e ramos apresentam casca castanho-acinzentada e suas folhas são verdes, coriáceas, brilhantes e muito aromáticas. Suas flores simbolizam “pureza”, são brancas, pequenas e muito perfumadas – as quais acabam por atrair abelhas melíferas em profusão cujo mel é um dos mais valorizados no mercado. Os frutos são em geral esféricos, de casca alaranjada, com pericarpo branco, rico em pectina. A frutificação pode ocorrer durante todo o ano, porém, é mais abundante no outono. Há cerca de 100 variedades de laranja produzidas em escala comercial, e, no Brasil, as diferentes variedades de laranja são classificadas em três grupos principais: as laranjas de umbigo, próprias para a mesa, as laranjas comuns, mais ácidas e próprias para sucos e as laranjas de baixa acidez, como a laranja-do-céu, de sabor mais suave, muito doce e pouco ácida.
Óleo Essencial de Laranja
O óleo essencial de laranja traz uma nota frutal, doce, aldeídica, semelhante ao odor proveniente da fruta quando riscada com a unha. No entanto, o óleo essencial puro tende a se deteriorar rapidamente em virtude dos monoterpenos presentes na sua composição, o que resulta em um óleo rançoso, repleto de peróxidos e com uma desagradável nota cítrica. Este problema pode ser resolvido com a adição de antioxidantes, mas, ao invés disso, a indústria opta por fazer sucessivas re-destilações a vácuo do óleo puro (desterpenação/folding), tornando-o mais estável, solúvel e com melhor flavor. Nas das plantações paulistas, o rendimento em óleo varia de 3 a 5 quilos de óleo por tonelada da fruta, ou, em termos percentuais, média de 0,4% e na sua composição tem-se: nerol (álcool), citral (aldeído), limoneno (terpeno) e antranilato de metila (éster).
No corpo, o óleo essencial de laranja parece ter uma forte ação calmante sobre o estômago, especialmente em estados de tensão nervosa. As enfermidades físicas também podem ser aliviadas. Estimula a bílis e pode facilitar a digestão de gorduras. Também pode estimular o apetite e, portanto, deve-se ter cautela em caso de dieta. Auxilia a absorção de vitamina C, cuja ação pode prevenir infecções por vírus. Parece ser benéfico em resfriado, bronquite e febre, fazendo baixar a temperatura do organismo. Ajuda na formação de colágeno, vital para o crescimento e renovação dos tecidos do corpo. E esta propriedade, aliada a sua natureza relaxante, parece ser um paliativo eficaz para dores e inflamações musculares e também para a fragilidade óssea. Sua natureza relaxante pode ser benéfica para casos de insônia decorrentes de ansiedade. Também há a possibilidade de baixar as taxas de colesterol no sangue.
Aromaterapia
O uso dos óleos essenciais para fins medicinais é conhecido desde a remota antiguidade. Há registros pictóricos de seis mil anos atrás, entre os egípcios, de práticas religiosas associadas à cura de males através destes óleos. De acordo com Tisserand e Young (2014) em “Essential Oils Safety”, os óleos essenciais estão no domínio público por mais de 100 anos e atualmente cerca de 400 óleos são empregados na fabricação de cosméticos, produtos farmacêuticos, alimentos, bebidas, materiais de limpeza e na indústria dos perfumes. Destes, cerca de 100 óleos essenciais são regularmente empregados na aromaterapia contemporânea. A aromaterapia, conforme Jane Buckle (2014) em “Clinical Aromatherapy”, é uma terapia multifacetada que visa proporcionar bem-estar e/ou a cura de enfermidades por meio da utilização dos óleos essenciais.
A palavra “aromaterapia” foi criada por René-Maurice Gattefossé, um engenheiro químico formado pela Universidade de Lyon e um dos primeiros estudiosos das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Ela apareceu pela primeira vez na edição de dezembro de 1935 na revista “L’Parfumarie Moderne”, a qual também nomeou uma coluna de artigos escritos por Gattefossé ao longo de 1936. Em seguida, o termo “aromaterapia” foi também bastante utilizado por Marguerite Maury (1961), uma enfermeira, e por Jean Valnet (1976), um médico, que contribuíram imensamente para o avanço (e popularidade) da aromaterapia clínica, demonstrando a sua eficácia no tratamento de várias moléstias. De lá para cá, a aromaterapia se encorpou e ganhou respaldo técnico-científico. Atualmente, ela é bastante popular na Europa, em especial na França e Inglaterra, e vem ganhando cada vez mais adeptos em todas as partes do mundo.