Nome do Produto: | Óleo Essencial de Eucalipto Globulus QUINARÍ | |
Nome em Inglês: | Eucalyptus globulus essential oil | |
Nome Científico: | Eucalyptus globulus | |
Número de Registro na ANVISA: | 25351.179906/2017-91 | |
Código de Barras: | 789845269 434 1 | |
Origem: | ||
Método de extração: | Arraste de vapor das folhas | |
Descrição: | Líquido incolor a amarelo palha, por vezes acastanhado ou esverdeado, de odor característico | |
Aromaterapia: | Possui acentuada ação expectorante e antisséptica. Também age relaxando a musculatura dos brônquios, o que alivia a tosse, o chiado, o aperto no peito e a falta de ar. | |
Principais componentes: | Eucaliptol (eucalyptol) | |
Eucalipto Globulus
A árvore de Eucalipto globulus (Eucalyptus globulus), embora muito cultivada em Portugal, foi descoberta na Ilha da Tasmânia (um estado da Austrália) em 1792. Pertencente à família Myrtaceae, trata-se de uma espécie florestal de crescimento rápido, capaz de produzir árvores de até 55 metros de altura – mas pode, raramente, ultrapassar os 90 metros. Apresenta tronco ereto e esguio, folhas alongadas e contorcidas em forma de foice e flores esbranquiçadas cuja floração ocorre em setembro e outubro. Seu óleo essencial, extraído por destilação a vapor das suas folhas e ramos, é rico em eucaliptol e vem sendo extraído há décadas em países como Espanha e Portugal.
Óleo Essencial de Eucalipto Globulus
O óleo essencial de eucalipto globulus é um líquido incolor ou ligeiramente amarelado, por vezes acastanhado ou esverdeado, de cheiro forte e próprio, e de sabor picante, primeiro quente e depois fresco. Seu rendimento é variável, mas gira em torno dos 0,8%, podendo chegar a 1% no verão e com as folhas meio-secas. Seu constituinte principal é o eucaliptol, ou 1.8-cineol, com porcentagens que variam de 70 a 75%. Opticamente inativo, este elemento (isolado por fracionamento) tem grande importância comercial, pois o seu aroma, sabor e propriedades o tornam exclusivo para os mais diversos ramos da indústria. Além do eucaliptol, tem-se, ainda, 15% de alfa-pineno, 5% de pinocarveol, 2% de sesquiterpênos, 1 a 2% de aldeído isovalérico e vestígios de álcool amílico. Inclusive, os aldeídos, representados em especial pelo isovaleral, são os responsáveis pela “ardência” deste óleo, que provoca tosse.
Internamente, o óleo essencial de eucalipto globulus é usado como um anti-séptico balsâmico nas afecções do aparelho respiratório e das vias urinárias. É comum, por exemplo, seu uso sob a forma de inalações, como agente expectorante. Afinal o eucaliptol, além de controlar a hipersecreção, relaxa a musculatura dos brônquios, o que alivia a tosse, o chiado, o aperto no peito e a falta de ar. Os aborígenes australianos, inclusive, sempre cobriam suas feridas com as folhas de eucalipto em função de suas propriedades anti-inflamatórias (igualmente comprovadas). Também é bastante empregado na indústria de alimentos (sobretudo na aromatização de balas), de cosméticos e, por incrível que pareça, de perfumes. (*) a indústria de domissanitários, ao contrário, costuma optar por outras espécies de eucalipto para a fabricação de seus produtos, como o citriodora, comercialmente mais barato.
Aromaterapia
O uso dos óleos essenciais para fins medicinais é conhecido desde a remota antiguidade. Há registros pictóricos de seis mil anos atrás, entre os egípcios, de práticas religiosas associadas à cura de males através destes óleos. De acordo com Tisserand e Young (2014) em “Essential Oils Safety”, os óleos essenciais estão no domínio público por mais de 100 anos e atualmente cerca de 400 óleos são empregados na fabricação de cosméticos, produtos farmacêuticos, alimentos, bebidas, materiais de limpeza e na indústria dos perfumes. Destes, cerca de 100 óleos essenciais são regularmente empregados na aromaterapia contemporânea. A aromaterapia, conforme Jane Buckle (2014) em “Clinical Aromatherapy”, é uma terapia multifacetada que visa proporcionar bem-estar e/ou a cura de enfermidades por meio da utilização dos óleos essenciais.
A palavra “aromaterapia” foi criada por René-Maurice Gattefossé, um engenheiro químico formado pela Universidade de Lyon e um dos primeiros estudiosos das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Ela apareceu pela primeira vez na edição de dezembro de 1935 na revista “L’Parfumarie Moderne”, a qual também nomeou uma coluna de artigos escritos por Gattefossé ao longo de 1936. Em seguida, o termo “aromaterapia” foi também bastante utilizado por Marguerite Maury (1961), uma enfermeira, e por Jean Valnet (1976), um médico, que contribuíram imensamente para o avanço (e popularidade) da aromaterapia clínica, demonstrando a sua eficácia no tratamento de várias moléstias. De lá para cá, a aromaterapia se encorpou e ganhou respaldo técnico-científico. Atualmente, ela é bastante popular na Europa, em especial na França e Inglaterra, e vem ganhando cada vez mais adeptos em todas as partes do mundo.